O Programa LA no Campo da Rádio Luz e Alegria
AM deste sábado, 25 de janeiro, foi direcionado
à cultura do milho.
A caravana do LA do Campo percorreu várias
localidades do interior, em muitos municípios da região e ouviu agricultores,
técnicos e especialistas e análise do mercado do milho. Todos falaram sobre o
cenário atual da cultura que promete mais uma grande safra.
Mesmo que o calor excessivo e
a falta de chuva têm provocado o estresse hídrico nas lavouras de milho do Rio
Grande do Sul. As temperaturas estão em torno dos 38 graus no Estado e beiram
os 40 graus na faixa oeste. Dezembro já foi um mês muito seco o que prejudicou
principalmente as lavouras de milho. Além disso, existem certos tipos de sementes
que não suportam tanto calor. No início de 2014, as chuvas voltaram até com
forte intensidade em algumas cidades.
O alívio do tempo
para estes produtores está a caminho. Uma frente fria avança pelo Rio Grande do Sul com forte
intensidade e provoca temporais com descargas elétricas. Depois da passagem
desse sistema a temperatura vai cair muito por conta da entrada de uma massa de
ar de origem polar.
Na região do Médio Alto Uruguai, a cultura
do milho passa por situação única, pois enquanto alguns agricultores estão
colhendo a safra em grãos, outros estão produzindo a silagem para o gado e
ainda alguns agricultores já estão iniciando o plantio da safrinha.
A produção mundial de milho em 2013 ficou abaixo da demanda em 0,37%, de
acordo com dados oficiais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
(USDA). A produção foi de 862.987 milhões de toneladas contra um consumo de
865.718 milhões de toneladas, dando mostras de temos um mercado internacional
ainda demandante em 2014.Segundo a FAO - Food and Agriculture Organization, o continente
americano é responsável por cerca de 52% de todo milho produzido no mundo
- uma das principais commodities agrícolas negociada nos mercados
internacionais. Entre os países, o Brasil é o terceiro maior produtor
mundial de milho, produzindo aproximadamente 6,5% do total produzido no
mundo. É superado pelos Estados Unidos que produz cerca de
37% e pela China que produz 21% do total da produção mundial.
Entre as unidades da federação, o Rio Grande do Sul é atualmente o quarto maior produtor de milho em grão do Brasil, superado pelos estados do Paraná, Mato Grosso e Minas Gerais. De acordo com a Pesquisa Agrícola Municipal do IBGE, o RS registrou em 2011 a produção de 5.772.422 toneladas do grão. Considerando a última década, o Estado apresentou um modesto aumento da quantidade produzida, passando de uma média de 4.657.193 toneladas no período de 2000-2002 para uma média de 5.197.732 no período 2009-2011. Deve-se observar, no entanto, que a área plantada com esta cultura apresentou oscilações ao longo de todo o período de 2000 a 2011.
Os números do Brasil acompanham a tendência mundial. De janeiro a
dezembro/13, foram exportada 26,62 milhões de toneladas de milho, segundo a
Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Esse volume é recorde para o período e
registra aumento de 34,5% em relação ao embarcado em 2012 (19,8 milhões de
toneladas)
O milho também é importante para a produção
de silagem em
propriedades leiteiras para fornecimento de alimento aos animais durante o período
de escassez (entressafra de pastagens) é uma pratica adotada há muito tempo que
visa manter o escorre de condição corporal dos animais (ECC) e evitar a queda
brusca de produção das vacas em lactação, porém nos últimos anos, a silagem de
milho é um alimento presente na alimentação das vacas no ano inteiro, ou seja,
este é um alimento importante na composição da dieta das vacas.
Tendo em vista a
importância da silagem na alimentação dos rebanhos de leite, alguns pontos
devem ser observados para garantir a qualidade do alimento.
ESCOLHA DO HÍBRIDO
É o primeiro passo
para garantir a qualidade da silagem. Para isso deve se buscar híbridos
próprios para silagem, num geral, estes possuem menor participação de fibras,
maiores produção de grãos e maior digestibilidade.
PONTO DE CORTE
O ponto ideal de
corte é quando a planta acumula a maior quantidade de Matéria Seca (MS) de
melhor qualidade nutricional, em geral, esse momento é quando a planta
apresenta o teor de MS entre 32 e 37%. Na pratica isto é identificado no
momento em que os grãos estão no estádio farináceo duro (50% da linha de
leite).
TAMANHO
DE PARTÍCULAS
O tamanho ideal de
corte da partícula é de 0,5 a 1,5 cm, isso facilita a compactação e a redução
de ar no silo torna-se mais rápida.
ABRINDO O SILO
O processo de
fermentação da silagem depende da compactação do silo. Quando esta etapa é bem
realizada, o silo pode ser aberto em 21 dias após o seu fechamento, geralmente
espera-se pelo menos 30 dias.
QUALIDADE DA
SILAGEM
No campo, uma boa
silagem tem cheiro agradável e levemente ácido cor clara (verde e amarelada ou
bege), textura firme (não molha quando comprimida na mão) e rica em grãos. O
ideal, sempre que se abrir o silo, é realizar uma analise bromatológica para
ter o conhecimento da qualidade nutricional do produto.
CUSTOS DE PRODUÇÃO
O custo de
produção da silagem esta relacionado com a quantidade de matéria seca
produzida. A maneira mais eficiente de produzir silagem de milho com menor
custo é investir em lavouras de alta produtividade, ou seja, a maior produção
de MS e matéria verde por hectare diminui o custo da tonelada do produto
ensilado. De maneira geral, o custo da tonelada de MS/ha produzida tem girado
entre R$ 180,00 a 270,00, e, em massa verde isso representa entre R$ 55,00 e
85,00 a tonelada/ha. Segundo dados do BALDE CHEIO/PROLEITE.
O Programa é apresentado
por Loreno Cerutti e Celso Santos, com assistência Técnica de Ademar Borella e
Francisco Machado.
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Fontes:
http://www.portaldoagronegocio.com.br/noticia/milho-tem-procura-alta-neste-mes-de-janeiro-103170
Celso
Santos- Radialista, Jornalista, Especialista em Arte, Comunicação e Cultura e
Especialista em Marketing, Comunicação e Branding.