LA no Campo destaca o tratamento do Trigo

O trigo (Triticum aestivum) é uma planta de ciclo anual, cultivada durante o inverno e a primavera. O grão é consumido na forma de pão, massa alimentícia, bolo e biscoito. É, usado também como ração animal, quando não atinge a qualidade exigida para consumo humano.

O trigo ocupa o primeiro lugar em volume de produção mundial. No Brasil, a produção anual oscila entre 5 e 6 milhões de toneladas. É cultivado nas regiões Sul (RS, SC e PR), Sudeste (MG e SP) e Centro-oeste (MS, GO e DF). O consumo anual no país tem se mantido em torno de 10 milhões de toneladas.

Cerca de 90% da produção de trigo está no Sul do Brasil. O cereal vem sendo introduzido paulatinamente na região do cerrado, sob irrigação ou sequeiro.

A Região Sul do Brasil é a maior produtora de trigo do país, e pode também ter a maior incidência de doenças nesta safra.

Segundo especialistas, o produtor deve estar atento às sementes que vai utilizar porque, devido ao excesso de chuvas na última safra, houve aumento das doenças fúngicas com grandes lotes de baixa qualidade em virtude das condições climáticas durante o ciclo da cultura.

Diante deste cenário a reportagem do Programa LA no Campo ouviu agricultores, técnicos e especialistas para levar a informação aos ouvintes.

Foram ouvidos especialistas da Embrapa Trigo de Passo Fundo, que desenvolvem várias pesquisas de melhoramento genético da planta, alem de técnicos de Cooperativas de produção e empresas do ramo com atuação regional.

O programa também acompanhou a Tarde de Campo realizada em São João do Porto onde foram debatidos os cereais de duplo propósito. Na oportunidade mais de 120 produtores acompanharam as informações e as dinâmicas da programação.

O Programa também abordou com seus convidados as principais doenças e pragas que afetam a cultura e seus tratamentos.

As principais doenças que afetam o sistema radicular do trigo são a podridão comum, e o mal-do-pé. O controle mais eficaz para essas doenças é a utilização de sementes sadias e a rotação de culturas.

As principais doenças da parte aérea no trigo são: ferrugem da folha, giberela e brusone, oídio, mancha amarela, mancha marrom e mancha da gluma.

O controle dessas doenças pode ser obtido basicamente pelo uso de fungicidas, desde que sejam utilizados no momento correto, ou seja, pouco valor teria um fungicida protetor, quando a doença já estiver instalada e em nível alto de severidade.

O uso de cultivares resistentes é outra estratégia continuamente buscada no controle de diversas doenças, entre elas a ferrugem.

O sucesso de um programa de tratamento depende de uma série de fatores, muitos deles inerentes à aplicação de fungicidas em si, como por exemplo: a escolha da cultivar, a adubação equilibrada, a densidade de semeadura e a cobertura de nitrogênio. O controle fitossanitário é ferramente importante para a minimização das perdas pelas doenças. Para obter-se sucesso no uso do controle químico, deve-se usar produtos com eficiência comprovada, e aplicá-los quando as condições meteorológicas e biológicas forem favoráveis.

Os convidados do programa também referiram que a área plantada nesta safra é maior que a de anos anteriores e que a produtividade média na região deve ficar em torno de 50 sacas por hectare.